Qual a principal diferença entre medicina nuclear e os demais exames de imagem?

Chega a dar um frio na barriga quando a gente escuta o termo Medicina Nuclear, né? Para quem não está por dentro do assunto, pode parecer muito futurista… e não se assuste, pois ele é! É essa especialidade que vai ditar o futuro dos exames de imagem! Quer saber mais sobre ela? Então confira as informações abaixo!

Qual a principal diferença entre medicina nuclear e os demais exames de imagem?

O que é a Medicina Nuclear

Para entender melhor o que é Medicina Nuclear vamos começar do básico. Ela é uma especialidade que utiliza uma série de métodos e procedimentos não invasivos com substâncias radioativas, com fins diagnósticos ou terapêuticos. Pode soar meio assustador e até perigoso (mas na verdade não é) quando a gente fala que é na Medicina Nuclear que os radiofármacos são usados pra acessar uma parte ou todo o funcionamento de alguns órgãos ou tecidos, seja pra realizar imagens diagnósticas, como a cintilografia óssea, seja pra iniciar tratamentos curativos, como a radioterapia. 

Ao contrário do que muita gente pensa, a quantidade de radiofármacos utilizada é bem pequena e os procedimentos são rigorosamente seguros, não causam efeitos reversos nem para o paciente em questão nem para o meio ambiente – porque quando se fala em radiação o imaginário coletivo voa longe, direto pras grandes tragédias da humanidade. Mas pode ficar tranquilo! Tudo é controlado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, o CNEN. 

Vem que gente vai te contar tudinho sobre isso, pra não restar mais nenhuma dúvida a respeito dessa que pode ser a sua especialidade médica! 

A diferença entre Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Medicina Nuclear

Aí você está tentando saber se há alguma diferença entre essas duas especialidades, afinal de contas, ambas adquirem imagens utilizando radiação, não é mesmo? Sim, mas a principal distinção entre essas duas especialidades médicas está na funcionalidade. Fica vendo o que é Medicina Nuclear e qual é a sua diferença para a Radiologia!

Na Radiologia e Diagnóstico por Imagens o paciente recebe a radiação emitida pelo aparelho (quando ela está presente – a Ressonância Magnética e a Ultrassonografia são métodos que não se enquadram aqui) e na Medicina Nuclear o paciente recebe (no seu corpo, no órgão ou tecido a ser analisado) os radiofármacos, também chamados de traçadores, em quantidades tão pequenas que são ínfimos os efeitos colaterais relatados, de modo que fica garantida a segurança para o paciente e a eficácia no exame. Para se ter uma ideia, o uso da radiação equivalente para um PET/CT de corpo inteiro é muito menor que a de uma TC (tomografia computadorizada).

Exames

Um dos exames de imagem mais modernos e mais realizados na Medicina Nuclear é o PET/CT (Positron Emission Tomography/Computed Tomography), que é amplamente usado na Oncologia, pois combina duas modalidades de exame: a tomografia computadorizada e a emissão de pósitrons para detectar a atividade metabólica das células do corpo. Nesse exame, o paciente recebe uma aplicação endovenosa de glicose marcada com o FDG, a substância que contém uma dose baixíssima de radiação, mas que a máquina do PET é capaz de detectar durante o exame. É um exame seguro e com resultados altamente eficazes. Geralmente, é destinado a pacientes que estão se programando para cirurgias e que precisam de avaliação rápida para que a indicação do tratamento ou dos medicamentos pré-cirúrgicos sejam aplicados com o objetivo de reduzir a doença ou definir o tratamento futuro. 

Um outro exame muito utilizado na Medicina Nuclear é a Cintilografia, que contribui para pesquisar metástases de cânceres na tireoide, por exemplo. Mas são muitos os tipos de Cintilografia disponíveis para diagnóstico, como a Cintilografia Óssea, a Cintilografia Renal, a Cintilografia Miocárdica. E, apesar de ser uma especialidade essencialmente diagnóstica, para quem quer ficar mais pertinho dos pacientes e não apenas interpretar e laudar exames, uma oportunidade é atuar na Terapia Radionuclídica e na Medicina Teranóstica, que além de diagnosticar a doença, já atua no seu tratamento por meio dos aparelhos de imagem. Isso é tão a cara do futuro da Medicina Nuclear que mereceu destaque na Segunda Semana Brasileira de Oncologia, realizada durante o XXI Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica em outubro de 2020, lá no Rio de Janeiro. 

Além desses dois, também podemos citar a gamagrafia, que pode ser utilizada para a avaliação da estrutura óssea ou da tireoide a partir de uma baixa dosagem de radioisótopos ou isótopos radioativos.

Pra garantir que você tenha todo o conhecimento necessário para cair de cabeça nessa especialidade, uma das perguntas mais frequentes é: vale a pena investir nessa área? Tudo vale a pena quando se faz com dedicação e paixão! Apesar de essa não ser a área médica mais disputada, ela pode ser muito rentável! Pula para o próximo tópico! 

A rotina e o mercado de trabalho 

Como existem poucos especialistas nessa área médica, as oportunidades de se inserir no mercado são promissoras e, de acordo com o Conselho Federal de Medicina, há pouco mais de 900 especialistas em Medicina Nuclear no Brasil. Com o avanço das tecnologias e das clínicas especializadas em diagnósticos, a demanda pode ser intensa e sem muita programação, incluindo trabalhar à noite, nos finais de semana e feriados.

Em geral, a média salarial – para você já ir pensando como vai organizar sua rotina financeira – fica em cerca de 4 mil reais por 20 horas de trabalho, segundo dados do novo CAGED. Mas os ganhos podem ser variáveis, já que a falta de profissionais na área faz com que a jornada diária de trabalho chegue a 12 horas! 

Há também excelentes oportunidades de concursos públicos e na indústria farmacêutica com pesquisas de novos fármacos, tecnologias e procedimentos. É sempre bom lembrar que quem faz sua vida é você! Que você pode atuar em outras áreas, como educação de novos médicos em cursos de formação ou pós-graduação e também associando-se a outros médicos em clínicas particulares – exige um alto investimento em equipamentos, mas tem retorno quase que garantido! 

A Residência Médica em Medicina Nuclear 

Pra se tornar um médico especialista em Medicina Nuclear é necessário fazer a Residência Médica em Medicina Nuclear, de acesso direto e com 3 anos de duração. Algumas instituições como a USP-SP (Universidade de São Paulo), por exemplo, oferecem o R4 com complementação especializada e possibilidades de estágios fora do país. Lembra que a gente falou das diferenças fisiológicas entre a Medicina Nuclear e a Radiologia? Durante a residência médica, no entanto, é bem comum haver contato entre os dois departamentos durante os estudos das modalidades de diagnósticos por imagens.

A boa notícia é que não há plantões noturnos, mas não espere vida boa e água fresca, porque vai ter que estudar muito!  A rotina de estudos e estágios práticos é intensa e exige do aluno um bom olho clínico e sensibilidade. E não se esqueça: essa é uma especialidade médica muito ampla, com atuação em muitas áreas correlacionadas e diversas possibilidades de se trabalhar em variados e complexos diagnósticos e tratamentos.

Bom, agora que você sabe o que é Medicina Nuclear e se acha que essa pode ser a residência médica dos seus sonhos, que tal começar a se preparar desde já para garantir um bom desempenho nas provas de residência médica? Já falamos aqui no blog tudo sobre como é a prova de residência médica da USP, uma das mais renomadas instituições que oferecem a Residência Médica em Medicina Nuclear! Quer saber mais? Então, baixa o nosso novo Guia Estatístico com os cinco temas e assuntos que mais caem em cada grande área na prova da USP, com base em uma análise das provas dos últimos anos.

Qual a principal diferença da medicina nuclear em relação aos outros métodos de imagem?

A grande diferença em relação à Radiologia é que as imagens da Medicina Nuclear não são puramente anatômicas, estáticas – são funcionais, fisiológicas. O método de aquisição das imagens também é diferente: o paciente é que recebe a substância radioativa e quem capta a radiação são os detectores das máquinas.

Qual a diferença entre as radiografias e a medicina nuclear?

No caso da radiologia, os diagnósticos permitem uma análise das alterações morfológicas das estruturas internas do corpo da pessoa examinada, ou seja, das mudanças ocorridas em seu formato. Já na medicina nuclear, os resultados permitem a análise do funcionamento dessas estruturas.

O que a medicina nuclear possui de diferente para realizar os diagnósticos?

Diferente dos exames de imagem convencionais, como radiografia, ressonância magnética e ultrassom, a medicina nuclear tem como base analisar a função dos tecidos e dos órgãos. Ela avalia a fisiologia e o metabolismo do corpo.

Qual a diferença entre a imagem de medicina nuclear e tomografia?

A diferença é o material utilizado para gerar os raios X.