&e No 27 Show P�gina Principal Faltam Investimentos e n�o � s� em Energia Planejamento Energ�tico x Desenvolvimento Econ�mico e Social Matriz Energ�tica M�dulo Setorial D�vida P�blica e Reservas do Brasil http://ecen.com V�nculos e&e Matriz Energ�tica e de Emiss�es Planejamento Energ�tico Jo�o Antonio Moreira Patusco A expans�o do suprimento de energia n�o pode ser planejada para as pr�ximas elei��es ou para satisfazer vaidades, deve ser planejada para as pr�ximas gera��es. A implementa��o de grandes projetos el�tricos pode cobrir per�odos equivalentes a tr�s mandatos. Nesta dire��o, o Plano Decenal de Expans�o de Energia El�trica, de atualiza��o anual, tem sido o instrumento oficial de divulga��o das previs�es de demanda e oferta de eletricidade. Para as previs�es da demanda de eletricidade, eram propostos cen�rios macroecon�micos, que ao longo dos anos foram sendo modificados de acordo com as condi��es estruturais da �poca. Neste contexto, as hip�teses de crescimento do PIB – Produto Interno Bruto se situaram em cerca de 12 % aa, no in�cio da d�cada de 70, em cerca de 7 % aa, no final da d�cada e em cerca de 4,5 % aa, do in�cio da d�cada de 80 em diante. Cabe registrar que estes cen�rios n�o eram e n�o s�o oficialmente providos pela �rea econ�mica do Governo, mas h� homologa��o oficial do Plano de Expans�o como um todo. Ocorre que, o desempenho real do PIB, no per�odo de 1980 a 1999, foi de apenas 2,03% aa, ou seja, performance que n�o chegou a metade das previs�es de expans�o do Setor El�trico e, mesmo assim, estamos com problemas no suprimento. A recess�o econ�mica, nos primeiros anos de 80, pegou o Setor El�trico com planos de expans�o para desempenhos da economia de 7% aa e, nestas condi��es, a d�cada iniciou com grande oferta de eletricidade e um bom n�mero de projetos de gera��o em andamento. Em 1983 os investimentos no Setor Energ�tico chegaram a 24 % dos investimentos totais, contra uma m�dia hist�rica de 10%. O Pa�s vinha de per�odos de bom desempenho econ�mico, mas com d�ficits comerciais e aumentos na d�vida externa. Com a alta dos juros internacionais, resultante da crise de petr�leo em 1979, e a alta depend�ncia de petr�leo (85%) o Pa�s ficou ainda mais vulner�vel aos condicionantes externos. Algumas das solu��es encontradas foram o r�pido crescimento da ind�stria metal�rgica, voltada para a exporta��o e a paralisa��o ou retardamento dos empreendimentos de gera��o el�trica. Assim, no per�odo de 1980 a 1990, as exporta��es de a�o passaram de 1,4 milh�es de toneladas a 9 milh�es, as exporta��es de alum�nio de 12 mil toneladas a 610 mil e as de ferroligas de 164 mil a 430 mil. Na d�cada de 90, estas exporta��es continuaram crescendo, mas em menor ritmo. Estes setores, por serem eletro-intensivos, mais a grande penetra��o da eletricidade nos setores residencial e comercial, proporcionaram um crescimento de 5,1 % aa para esta fonte de energia, nos �ltimos 20 anos. Desta forma, mesmo com o PIB tendo crescido muito abaixo das previs�es, o consumo de eletricidade se deu em n�veis mais pr�ximos do previsto, dado que as elasticidades ao PIB ficaram bem acima das previstas. Atualmente, exportamos cerca de 20 TWh de energia el�trica, agregada ao a�o, alum�nio e ferroligas. As exporta��es f�sicas destes produtos agregam apenas 0,5 % ao PIB brasileiro, entretanto, a eletricidade agregada equivale a 90 % da eletricidade consumida nos setores de alimentos+bebidas+t�xtil (4,5% do PIB), ou a 70 % da eletricidade consumida nos setores de eletroeletr�nica+constru��o civil+material de transportes+cal�ados+borracha+ m�veis +fumo+vidros (8,0% do PIB). Exportamos a�o a US$ 240 por tonelada e importamos ferramentas manuais de baixa qualidade a US$ 4000 por tonelada. Poder�amos exportar enxadas a US$ 1500 a tonelada. As exporta��es, as importa��es e o crescimento do PIB, dos �ltimos trinta anos, mostram que duais situa��es n�o t�m ocorrido ao mesmo tempo no Pa�s: crescimento da demanda interna e super�vit comercial. Isto se deve � limita��o de investimentos, a uma estrutura produtiva muito sobrecarregada de produtos de pouco valor agregado ou � soma dos dois fatos? Se o Pa�s n�o for capaz de encontrar os caminhos que levem a uma produ��o suficiente para alavancar o crescimento da demanda interna e gerar super�vit comercial, ent�o estaremos fadados a continuar a mingua, fadados a continuar com um crescimento vegetativo. O Esp�rito Santo � o estado que tem o maior consumo per capita de energia, resultado da exist�ncia de ind�strias energointensivas (*) - siderurgia, pelotiza��o e papel e celulose - entretanto, quando analisamos os consumos per capita de combust�veis associados � posse de equipamentos particulares, como eletrodom�sticos e autom�veis, vemos que est�o abaixo da m�dia nacional. Alguns exerc�cios indicam que, se as exporta��es das quase 4 milh�es de toneladas de a�o, realizadas pelo Estado, fossem substitu�das por implementos agr�colas, ferramentas e utens�lios dom�sticos (todos manuais e de baixa tecnologia), o seu PIB per capita poderia quase dobrar e se igualar ao de S�o Paulo. Estudos mostram que a produtividade do capital decresceu muito na d�cada de 80, em boa parte, pela grande expans�o de setores intensivos em capital e energia. Uma forma de se melhorar esta produtividade seria a de se ter uma pol�tica de redu��o gradativa das exporta��es de produtos de pouco valor agregado e aumento gradativo dos investimentos em setores de maior valor agregado, como agricultura associada � industrializa��o de alimentos, constru��o civil, material de transporte e agr�cola, eletroeletr�nica, cal�ados, t�xtil, etc. As not�cias recentes do Ministro da Fazenda, declarando que foram aprovados recursos suficientes para a expans�o do Setor El�trico e as do Diretor da ANEEL, declarando que houve corte de investimentos, s�o uma mostra de que h� pouca sinergia entre a �rea econ�mica e a �rea energ�tica. Alguns dados de transportes podem mostrar, tamb�m, a necessidade de uma boa intera��o desta �rea com a �rea energ�tica. O m�dulo rodovi�rio � respons�vel por cerca de 62 % da carga do Pa�s, com um trabalho de apenas 20 t km por litro de diesel. Os m�dulos ferrovi�rio e hidrovi�rio, que juntos, respondem por 34% do transporte de carga, podem realizar um trabalho de mais de 150 t km por litro de diesel. Estes dados indicam que uma modifica��o estrutural em favor dos m�dulos ferrovi�rio e rodovi�rio redundaria em menor consumo de diesel. Estes fatos mostram que muitas das quest�es de suprimento de energia passam pela necessidade do Pa�s contar com umPlano Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social, que n�o contemple apenas os anos de um mandato, como os PPAs – Planos Plurianuais de Atividades, mas sim, per�odos mais longos, que permitam ao Setor Energ�tico planejar a expans�o com base em vari�veis mais s�lidas e em ambiente de forte intera��o com o Minist�rio de Planejamento, da Fazenda, do Desenvolvimento, dos Transportes, etc. (*) os setores energointensivos tiveram e t�m import�ncia na hist�ria do desenvolvimento industrial do Pa�s. Sempre buscaram suprir o mercado interno de forma satisfat�ria, mesmo em momentos de grande incremento da demanda, colocando seus produtos com maior valor agregado e, inclusive, em detrimento de exporta��es. Constantemente vemos exemplos de que estas ind�strias est�o investindo para dar maior qualidade e agregar maior valor aos seus produtos, exig�ncias atuais de um mercado bastante competitivo. Uma melhor distribui��o de renda faria bem a todos. O autor tem experi�ncia de 29 anos em Matriz Energ�tica, dos quais 25 na coordena��o e elabora��o do Balan�o Energ�tico Brasileiro. Qual a importância do planejamento energético?O planejamento energético apresenta um elevado grau de utilidade. Pelo lado da oferta de energia, ele permite identificar as fontes energéticas mais adequadas em termos tecnológico, econômico, social e ambiental para atender as demandas da sociedade.
O que é o Plano Decenal?O Plano Decenal de Expansão de Energia é um documento informativo voltado para toda a sociedade, com uma indicação, e não determinação, das perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo no horizonte decenal.
Qual a importância dos avanços tecnológicos para o planejamento energético?Os avanços tecnológicos, a incorporação da preocupação ambiental na expansão e a nova relação do consumidor de energia com o sistema de produção de energia têm transformado o setor de energia no mundo.
Qual é o objetivo do planejamento do setor energético no Brasil?Planejar estrategicamente o setor energético nacional é condição essencial para que o país possa posicionar-se de maneira competitiva no contexto econômico internacional e, ao mesmo tempo, atender as enormes necessidades sociais e ambientais inerentes a uma nação emergente e continental como o Brasil.
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