Os sistemas inatos de reconhecimento celular baseiam-se em proteínas superficiais ou intracelulares de células epiteliais, neutrófilos, macrófagos e células dendríticas e em receptores citoplasmáticos solúveis. Todos estes receptores são, geralmente, chamados PRRs (Receptores de Reconhecimento de Padrões) e ligam-se a moléculas PAMPs (Padrões Moleculares Associados a Agentes Patogénicos) expressas somente pelo agente patogénico (lipopolisacáridos, hidratos de carbono e lipoproteínas bacterianas, peptidoglicanos, ARN, ADN, etc.) bem como flora comensal. Show
Reconhecimento de agentes patogénicos pelo sistema imunitário inato ou naturalTLR(receptores tipo Toll).Foram identificados dez membros diferentes no porco. São capazes de reconhecer os produtos bacterianos fora das células e o ácido nucleico viral dentro da célula. Assim, alguns TLR localizam-se em compartimentos intracelulares para reconhecer o ácido nucleico viral ou bacteriano. Outros TLRs estão na superfície celular e reconhecem produtos bacterianos (lipoproteínas, peptidoglicanos, lipopolisacáridos). RLRs Receptores parecidos a RIG-I (Gene inductível pelo ácido retinóico I). São receptores citoplasmáticos que reconhecem dsRNA viral. Proteínas NOD (Domínio de oligomerização por união de nucleótidos) São PRRs citosólicos que cooperam com TLRs no reconhecimento de produtos bacterianos. CLR (Receptores de lectina de tipo C) são uma familia de receptores de superficie que incluem a colectinas, as pentraxinas, as selectinas, os receptores de dectinas e as manoses. As proteínas pertencentes ao sistema do complemento e as proteínas de fase aguda são capazes de actuar como um receptor solúvel de reconhecimento: fragmento C3, proteína de união à manose (MBP), surfactantes, proteína C reactiva (CRP). A activação mútua de células em diferentes níveis tissulares, células epiteliais e endoteliais e, especialmente, células inflamatórias e inatas, é a primeira barreira física e funcional contra agentes patogénicos desencadeando a resposta inflamatória. Tabela 1: Sistemas de reconhecimento inato ou natural do agente patogénico.
Sistemas específicos de reconhecimento de agentes patogénicosAs células imunitárias específicas B e T têm receptores que reconhecem determinantes específicos de antígene (epítopos) do agente paogénico. Os linfócitos B Naïve têm múltiplos receptores de superfície chamados BCR (receptor de células B) constituídos por uma imunoglobulina de superfície, IgM ou IgD, específica para um único antigene. Durante o desenvolvimento das células B na medula óssea cria-se, por recombinação genética, um enorme reportório de BCRs e, por conseguinte, de células B, para reconhecer um enorme número de antigenes específicos sobre os agentes patogénicos. O receptor de células T (TCR) de linfócitos T cooperadores (Thelper) e linfócitos T citotóxicos é constituído por duas cadeias α e β. O TCR dos linfócitos T e δ é constituído por duas cadeias γ e δ. Com um mecanismo similar produz-se a variabilidade do reconhecimento antigénico de TCR nos linfócitos T. As células B reconhecem os determinantes antigénicos nativos do agente patogénico e o sinal transduz-se dentro da célula mediante a activação de uma glicoproteína associada (CD79α / β). Uma vez internalizado o complexo antigene-BCR, as células B processam o antigene e apresentam-no em associação com o MHC II aos linfócitos T colaboradores. A co-estimulação entre células B e T é essencial para a activação das células B e para desencadear uma formação eficiente de anticorpos. Uma co-estimulação eficaz também requer um sinal mediado por um complexo CD21 / CD19 que reconhece o fragmento do complemento (C3d) no agente patogénico. Pelo contrário, as células T reconhecem determinantes de antigenes processados e apresentados por APC em associação com o MHC (Complexo Maior de Histocompatibilidade). O MHC II são moléculas presentes principalmente na superficie de APC profissionais, tais como células dendríticas maduras, macrófagos inflamatórios activados e células B activadas. Por sua vez, o MHC I apresenta antigenes endógenos a linfocitos T citotóxicos. Nos suínos, os genes de MHC (conhecidos como SLA: "Antigene Leucocitário Suíno") estão no centrómero do cromossoma 7. Os setenta genes (haplótipos) foram definidos pela primeira vez em 1970 e distribuem-se em 3 classes:
Para activar o linfócito Th, o sinal mediado pelo reconhecimento TCR do complexo antigene-MHC deveria estar associado ao sinal mediado pela união de moléculas de co-estimulação superficial: o CD28 (em células T) une-se ao CD80 (no APC) ou ao CD86 (em células B), e o CD40 (no APC) une-se ao CD154 (em células T). Esta co-estimulação aumenta a produção de citocinas para a proliferação de células T (IL-2) e também a diferenciação de Th mediada por citoquinas. Quais são os receptores da imunidade inata?Os receptores do tipo Toll são uma classe de receptores relacionados à imunidade inata localizados na membrana plasmática ou estruturas endossomais, estão presentes em células endoteliais, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B, além de outros grupos celulares.
Quais são os principais receptores da imunidade cite cada um?Os neutrófilos e os macrófagos possuem receptores, que são moléculas de proteínas, para reconhecer inúmeros antígenos e microorganismos. Enquanto as células NK, também possuem estes receptores, mas reconhecem as células com alterações (tumorais) ou com infecções virais.
Quais os receptores de reconhecimento da imunidade inata e os da adaptativa?-Os receptores do sistema imune inato são codificados por genes herdados, enquanto os genes que codificam receptores da imunidade adaptativa são gerados por recombinação somática de segmentos de genes em precursores de linfócitos maduros.
Como as células da imunidade inata reconhecem os antígenos?Enquanto a imunidade adquirida reconhece uma grande variedade de antígenos específicos, a imunidade inata reconhece poucas, mas altamente conservadas, estruturas presentes num grande número de microorganismos. A essas estruturas, conferiu-se o termo padrões moleculares associado ao patógeno (PAMP).
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