Quais são as fases da Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers?

Os interesses de Carl Rogers assumiram focos diferentes ao longo de seu pensamento, de maneira que seus comentadores dividiram sua teoria em distintas fases. Mais de 20 anos após sua morte, o que se observa atualmente é uma enorme diversidade de vertentes que se denominam Abordagem Centrada na Pessoa ou se dizem vinculadas a ela. Visando a contribuir para uma melhor compreensão do panorama atual da abordagem criada por Rogers, este artigo tem como objetivo revisitar as chamadas fases da Abordagem Centrada na Pessoa, propondo uma nova fase - a fase Pós-Rogeriana - consistente de vertentes atuais que, partindo de distintas fases daquela teoria, assumem distintos caminhos criando novas teorizações contemporâneas.

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Publicado

2022-12-01

Como Citar

MOREIRA, V. . (2022). Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Estudos De Psicologia, 27(4). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estudos/article/view/7177

Quais as fases da Abordagem Centrada na Pessoa?

São quatro fases: não diretiva, reflexiva, experiencial e coletiva.

Quais são os três grandes pilares da teoria de Carl Rogers?

Para que o terapeuta ou o professor seja capaz de exercer tal papel, três qualidades são requeridas: congruência - ser autêntico com o cliente/aluno; empatia - compreender seus sentimentos; e respeito - "consideração positiva incondicional", no jargão rogeriano.

Qual é a abordagem de Carl Rogers?

A abordagem de Carl Rogers coloca a pessoa como o ponto central de sua própria história. O paciente tem liberdade para fazer as suas próprias reflexões e chegar a conclusões únicas. Ou seja, esta abordagem incentiva a autonomia no processo de busca pela verdade.

São quatro fases não diretiva reflexiva experiencial e coletiva?

Mesmo assim, Moreira propõe uma nova diferenciação entre as fases, que seria: 1) Fase Não Diretiva (1940—1950); 2) Fase Reflexiva (1950—1957); 3) Fase Experiência (1957—1970) e, 4) Fase Coletiva (1970—1985).